CLASSE “TRIDENTE”
Características
A classe “Tridente”, constituída por submarinos Tipo 209PN, deriva, em termos de design, da classe 209, tendo-lhe sido introduzidas algumas alterações e soluções técnicas características dos Tipos 212, da Marinha Alemã e 214, que equipa as Marinhas da Grécia e da Coreia do Sul. A sua principal diferença em relação a estes dois tipos e ao tipo 209, consiste no facto de estar dotada de uma antepara resistente até à pressão de colapso do casco, separando o navio em dois compartimentos resistentes distintos incrementando a capacidade de sobrevivência da guarnição – ou de alguns dos seus elementos – em caso de acidente em consequência do qual o navio, pelos seus próprios meios, não consiga emergir. Em termos de salvamento e segurança, esta classe encontra-se igualmente equipada com duas balsas auto-insufláveis, fatos para abandono do submarino a grandes profundidades, eclusas viabilizando a realização de escape e ascensão livres e capacidade, segundo os actuais requisitos NATO, de receber veículos submarinos de salvamento e “pods” – contentores – contendo víveres e água para sobrevivência do pessoal que se encontra no seu interior. Uma outra característica, herança da adopção de soluções incorporadas nos Tipos 212 e 214, consiste na utilização de apenas um motor eléctrico de propulsão. Este motor, de magnetização permanente possui uma elevada capacidade de resposta para além de uma elevada disponibilidade em caso de avaria, podendo funcionar mesmo quando as suas capacidades estão muito degradadas. O motor é alimentado por baterias, carregadas por recurso a dois geradores ou à célula de combustível – cujo funcionamento se baseia na reacção de junção de átomos de Hidrogénio e de Oxigénio, da qual resultam água e electrões livres que vão gerar uma corrente eléctrica que alimentará os vários sistemas do navio; conseguindo-se desta forma incrementar a capacidade de navegação em imersão, sem recurso aos motores diesel, pelo que a taxa de indiscrição associada à carga das baterias é significativamente reduzida, o que se traduz em evidentes vantagens operacionais. Todos os sistemas de bordo relacionados com propulsão, produção e distribuição de energia, segurança em imersão e controlo da plataforma possuem uma elevada taxa de automatismo, o que permitiu reduzir quase para metade a guarnição – cerca de 33 elementos –, sendo controlados pelo sistema de controlo e gestão da plataforma, cujo acrónimo designativo é EMCS. Assim, as mais variadas manobras realizadas a bordo são controladas, na sua grande maioria, pelo simples pressionar de um botão de comando. Os sensores da mais variada ordem – acústicos, electromagnéticos, ópticos, entre outros – são geridos pelo Sistema de Combate onde igualmente são visualizadas e tratadas as informações obtidas, permitindo um mais correcto processo de assessoria pelas equipas de quarto à decisão do Comandante. É igualmente através do Sistema de Combate que se planeia e executa o emprego das armas que dotarão estas unidades, com capacidade para lançarem torpedos filo-guiados, mísseis (sub-superfície – superfície e sub-superfície – ar) e minas. As comunicações compreenderão a capacidade, essencial nos actuais cenários de empenhamento, de comunicação de dados (Link) e por satélite.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
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